Insights do filme: Um senhor estagiário
Esses dias assisti ao filme Um Senhor Estagiário, com Robert de Niro e Anne Hathaway na Netflix e, além de aproveitar um excelente filme fiquei refletindo sobre o recente movimento de mercado de contratação de profissionais experientes, acima de 50 anos.
É um desafio constante para os escritórios de advocacia lidar com as diferentes gerações trabalhando em uma mesma equipe, e quando falamos em gerações, não estou tratando somente de faixas etárias distantes, mas também de gerações próximas.
O mundo de maneira geral está cada vez mais acelerado, as pessoas absorvem essa aceleração na evolução da espécie: estudos apontam que nossos cérebros são tão expostos a tantas informações que a velocidade das suas sinapses está maior, em contrapartida estamos mais impacientes, com pouco poder de foco e essa é uma característica que se intensifica a cada nova geração.
Obviamente, o encontro de gerações, se administrado de forma correta rende excelentes frutos! Algo que costumo recomendar é a curiosidade.
Quanto mais mantemos nosso “estado curioso” mais aprendemos, e isso se aplica a qualquer idade!
Para melhor administrar a interação de diferentes gerações é preciso entender como esses profissionais enxergam sua carreira, seu crescimento e aspirações e a empresa deve conduzir esse crescimento e a interação entre os colaboradores para extrair o máximo proveito dessa experiência.
Uma técnica bastante eficiente é a mentoria.
Esse é um processo em que o mentor (profissional experiente em algum assunto) transfere o seu conhecimento ao mentorado. Normalmente o mentor tem mais experiência e “anos de estrada”, mas algumas empresas vem utilizando a chama mentoria reversa, que é absolutamente o mesmo processo, mas o mentor é o profissional mais jovem, que entretanto, possui especifico conhecimento sobre determinado assunto, transferindo-o para o mentorado.
Essa forma de trabalho também é muito utilizada entre líderes e liderados, e estimula a troca de conhecimentos, além de dar voz aos jovens talentos o que, em última análise promove o engajamento da equipe. Outros ganhos também têm se mostrado recorrentes como a criatividade na resolução de problemas, inovação, além da interação e trabalho de equipe mais naturais.
Os grupos de estudos também mostram-se eficientes para promover a integração e troca de experiências, não só de matérias relacionadas às especialidades e dia a dia das bancas de advocacia mas também habilidades comportamentais, gestão de tempo, administração de empresas, tecnologias entre outras.
O importante é manter a mente aberta, curiosa.
Saber que o conhecimento faz parte da história de cada um, seja ela mais longa ou nem tanto e que todos podemos aprender uns com os outros sendo essa troca importante em todas as fases da vida.
O filme acima citado nos mostra: O que um profissional de carreira em uma gráfica de listas telefônicas com mais de 70 anos pode ensinar à uma CEO de um e-commerce de roupas femininas ou o que essa profissional pode ensinar ao Senhor estagiário?
Para mim, muitas lições de ambos os lados: valorização da vida, da família, do seu trabalho, do seu talento. O prazer e produzir algo em que você acredita e do valor que você gera com seu trabalho, com suas ações para as outras pessoas.
E para você recomendo manter seu estado curioso e assistir ao filme para mais muitos insights! Depois me conta!
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